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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Número de filipinos ultrapassa o de brasileiros no Japão

Divulgação
Revista Alternativa Online | 19 de Setembro

Dados oficiais da Imigração mostram que o tamanho da comunidade verde-amarela se mantém estável com pequenas oscilações nos últimos 2 anos
Foto: Divulgação / Revista Alternativa
A crise econômica de 2008 e as consequências da tragédia de 2011, entre outros motivos, levaram 102 mil brasileiros a regressarem à terra pátria. Há quatro anos, a população verde-amarela era de 312.582 no total, decaindo para 210.556 em 2012, representando uma queda de 34%.
O pico populacional foi em 2007, quando o número de brasileiros chegou a 316.967.
Se por um lado a presença brasileira retraiu, a chinesa e a filipina cresceram a olhos vistos. Em 1990, os chineses passavam de pouco mais de 137 mil e hoje totalizam 722.310 pessoas, liderando o ranking de estrangeiros no Japão.
Na condição de estagiários e menos remunerados que os brasileiros, os filipinos também cresceram, atingindo 223.908 pessoas. Desbancaram os brasileiros, ficando em terceiro lugar, depois da Coréia do Sul e do Norte. Em capítulo recente desta história, o Brasil figurou por vários anos em terceiro lugar.
Os dados oficiais da Imigração dão conta que o tamanho da comunidade verde-amarela tem se mantido estável com pequenas oscilações nos últimos anos para cima ou para baixo. Em 2011, eram 210.302 pessoas, subindo atualmente em patamar tímido para 210.556.
Em contrapartida, os chineses saltaram de 674.879 no ano passado para 722.310 em junho deste ano, sem perder o fôlego nesta curva ascendente há mais de uma década.
A mudança nos números levantados pelo governo pode ser sentida nas ruas, repartições públicas e nas fábricas, onde o português que antes se reinava sobre outras línguas, fora o japonês, hoje divide espaço com o chinês e o filipino. O peso desta presença chinesa tem levado até alguns brasileiros a aprenderem o mandarim.
Observa-se também que a entrada de tailandeses vem expandindo, apesar de alguns recuos de um mês para outro, variando a média entre 38 mil a 42 mil pessoas.
A mão de obra indonésia é outra que também apresentou crescimento, porém, em ritmo menos acelerado. Passou de 24.660 em 2011 para atuais 35.658.
Vale lembrar que os coreanos (Norte e Sul) já radicados há várias gerações no Japão constituem a segunda maior fatia estrangeira. São 555.403 pessoas.
As estatísticas oficiais definiram com mais precisão o perfil dos brasileiros. Há mais homens que mulheres. Elas totalizam 95.817 (46%) ante 114.215 homens.
Um dado ressalta: o avanço da idade dos brasileiros. A faixa etária está assim distribuída: de 0 a14 anos (18%), 15 a 19 anos (5%), 20 a 30 (17%), 30 a 40 (23%), 40 a 50 (20%), 50 a 60 (12%) e 60 a 70 (4%).
Do total, 62.077 possuem visto de teijusha (sansei, yonsei e cônjuge sem descendência nipônica), 23.921 obtiveram a licença de moradia por ser filho (a) ou cônjuge de japonês (a) e 2.043 são cônjuges ou filhos de brasileiros com visto permanente.
A província de Aichi é a que mais abriga brasileiros, com 32% do geral, seguido por Shizuoka com 16%, Mie com 9% e Gifu e Gunma, empatando com 8%.


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