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terça-feira, 4 de setembro de 2012

USA / Vírus mortal deixa autoridades em alerta nos EUA

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Atenção: Este é um espaço informativo, de divulgação sobre temas relacionados com saúde, nutrição e bem estar entre outros, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

Foto: reprodução
O Globo / Ciência  | 3 de Setembro de 2012

Hantavírus pode ter infectado 10 mil pessoas que visitaram parque e já matou duas
Imagem de microscópio fornecida pelo CDC mostra estruturas do hantavírus que está deixando os EUA em alerta
 Imagem: Reuters
A confirmação de seis casos de infecção por hantavírus no Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, colocou as autoridades sanitárias americanas em alerta. Em comunicado emitido na última sexta-feira, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) informou que dois dos pacientes morreram e cerca de 10 mil pessoas podem ter contraído o vírus ao se hospedarem em tendas oferecidas pelo parque desde meados de junho. Transmitido principalmente por meio da inalação de partículas virais procedentes de urina, fezes ou saliva de roedores silvestres infectados, o hantavírus pode provocar duas condições potencialmente letais: a Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR), registrada na Europa e Ásia; e a emergente Síndrome Pulmonar por Hantavírus (SPH), no continente americano. Ambas têm uma taxa de mortalidade que varia de 40% a 60%.

Elba Lemos, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), explica que a SPH foi descrita pela primeira vez nos EUA em 1993, causada por um micro-organismo que recebeu o nome de hantavírus Sin Nombre (HSN), o mesmo que agora põe os EUA em alerta. No mesmo ano, a SPH foi registrada pela primeira vez no Brasil em três irmãos, dos quais dois morreram. O vírus então recebeu o nome do local da ocorrência, hantavírus Juquitiba, cidade no interior de São Paulo. Desde então, o país contabiliza 1568 casos, com 547 mortes, de seis variantes, cada uma transmitida por diferentes roedores silvestres típicos de diversos biomas: Mata Atlântica (além do hantavírus Juquitiba, o Araucária), Cerrado (hantavírus Araraquara) e Floresta Amazônica (hantavírus Laguna Negra, Anajatuba e Castelo dos Sonhos).

O surgimento de surtos ou de casos isolados da doença no Brasil, até o momento, está ligado a algumas situações particulares e alguns fatores ambientais de risco, tais como: o perfil agrícola nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; a construção de paióis para estocagem de ração ou grãos; o manejo da lavoura do milho; desmatamento associado à quase extinção dos predadores naturais dos roedores (cobras, gaviões e corujas, por exemplo); áreas de reflorestamento com pinus ou eucaliptos, como foi observado no Paraná; e a urbanização de áreas rurais, onde se pode observar a presença de bairros localizados próximos a matas ou áreas rurais.

Os sintomas iniciais das infecções por hantavírus são febre, dores musculares e de cabeça e mal-estar, podem fazer com que elas sejam facilmente confundidas com uma gripe forte ou uma pneumonia. O quadro, no entanto, pode agravar-se rapidamente, evoluindo para insuficiência respiratória aguda, comprometimento cardiovascular e instabilidade hemodinâmica e hipotensão, que culmina com choque circulatório e leva ao óbito em 4 a 24 horas, mesmo em indivíduos hospitalizados.

A situação é ainda mais grave porque não é fácil identificar a hantavirose no início, lembra Jansen de Araújo, epidemiologista do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular da USP.

Segundo Elba, o tratamento disponível atualmente é apenas de suporte, já que não existe vacina efetiva e nem antivirais específicos contra os hantavírus. A orientação é de que os pacientes sejam admitidos imediatamente em centros de terapia intensiva (CTI), com oxigênio, suporte ventilatório, reposição hídrica e drogas para controlar o choque. Quanto à prevenção, como a ocorrência em humanos está relacionada ao contato com roedores silvestres, as medidas de controle devem se focar nos ambientes potencialmente contaminados, com ênfase em habitações que possam servir de tocas e ninhos para os animais.

É importante lembrar que a erradicação dos roedores é inviável e incorreta dada a abundância das espécies hospedeiras, sua grande dispersão e, principalmente, o dano ecológico que tal medida acarretaria.


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Veja online / Saúde
2 de Setembro de 2012
Segundo órgão de saúde americano, já foram confirmados seis casos de infecção no Parque de Yosemite, na Califórnia, com duas mortes

Foto: Reuters
Parque Nacional de Yosemite, localizado nas montanhas de Serra Nevada, no estado americano da Califórnia
Foto: Reprodução
As cerca de 10.000 pessoas que se alojaram recentemente em cabanas do Parque Nacional de Yosemite, localizado nas montanhas de Serra Nevada, no estado americano da Califórnia, correm risco de ter contraído um vírus mortal, informou o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos. Trata-se do hantavírus, que é transmitido por roedores e pode provocar uma grave infecção pulmonar."As pessoas que se hospedaram nas Signature Tent Cabins (no acampamento Curry Village) entre os dias 10 de junho e 24 de agosto podem estar em risco de desenvolver o hantavírus nas próximas seis semanas", explicou o CDC em comunicado. Até agora, de acordo com o órgão, foram registrados seis casos, sendo que dois resultaram em mortes, de pessoas infectadas pelo vírus. Outros supostos casos estão sendo atualmente investigados. Estima-se que a maioria das vítimas contraiu o vírus enquanto permaneceu em uma das 91 cabanas de Curry Village, que posteriormente foram fechadas ao público. No entanto, uma das vítimas pode tê-lo contraído em outra área do Parque.

Recomendações — O CDC pediu a qualquer pessoa nessa situação para fazer exames médicos em caso de experimentar algum sintoma associado à síndrome pulmonar por hantavírus (HPS, sigla em inglês), uma infecção pouco frequente, mas que pode chegar a ser fatal, provocada pelo agente. Os sintomas são fadiga, febre, dores musculares — especialmente em coxas, quadris e costas — dor de cabeça, calafrios, enjoos, náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais e dificuldades para respirar.

Os roedores expulsam o vírus através da urina, dos excrementos e da saliva. Segundo o portal Medline Plus, pequenas gotas com o vírus podem flutuar no ar e os humanos podem contrair a doença se respirarem esse ar infectado ou entrarem em contato com os roedores ou seus excrementos. O portal acrescenta que as pessoas não transmitem a doença.


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