Divulgação: International Press (Empregos) | Edição 155 | 23 de Agosto de 2014
O setor de serviços de alimetação passa por dificuldades com a falta de mão de obra, apesar do aumento do movimento provocado pela recuperação da economia. A atual situação é resultado da diminuição de populaçao trabalhadora e elevação do custo salarial do país.
O segmento não consegue contratar sequer funcionários temporários (arubaito).
A rede Sukiya, por exemplo, foi forçada a fechar temporariamente 200 dos dois mil estabelecimentos que tem no Japão. E a rede Watami, com fama de tratar mal os funcionários (é chamada Black Kigyou), também passa sufoco por não conseguir mão de obra. A empresa admite que a imagem no mercado de trabalho não é das melhores, e lamenta o aumento do custo com pessoal. Ele ocorre no salário-hora e despesa básica para contratação de um arubaito, que hoje já chega a dez mil ienes.
O setor de assistência social (kaigo) onde atuam muitos brasileiros, também se encontra em situação difícil. O representante da empresa CareRits&Partners considera que a falta de mão de obra é questão estrutural.
O trabalho é extenuante e a baixa remuneração agrava ainda mais esse quadro.
A renda mensal gira em torno de ¥200 mil, cerca de ¥80 mil mais baixo que a média de todas as atividades profissionais do Japão. Isso significa que o trabalhador dessa área em um ano ganha ¥1 milhão a menos do que a média, desestimulando os interessados.
A escassez de mão de obra estende-se a outras áreas.
A construção civil, que deveria ser a força motriz da política de recuperação econômica, enfrenta o mesmo problema. O setor está aquecido graças às medidas do governo, e analistas acreditam que a boa fase vai durar ainda por cinco a seis anos com as obras de recuperação da região de Tohoku, as Olimpíadas de Tokyo 2020 e o fortalecimento de infra-estruturas do país.
Dentro desse cenário, a realidade das licitações mudou. Há pouco tempo, uma obra, mesmo de baixo custo, era concorrida por sete ou oito empresas. Hoje, há muita oferta de obras, permitindo às empresas optarem por serviços lucrativos. Mas a falta de trabalhadores prejudica toda essa euforia.
A escassez de carpinteiros, operários em andaimes e estucadores é problema crônico. Para contornar a situação, as construtoras correm atrás de estrangeiros que costumam ser faz-tudo.
Mas há excessões. A empresa administradora de restaurantes Yusin é uma delas. Ela conseguiu reverter a situação de vários estabelecimentos que estavam em baixa. O presidente Akira Kunimatsu lembra que até três a quatro anos atrás, 75% dos funcionários da Yusin se desligavam todos os anos.
Para contornar a situação, ele passou a ter mais contato com os gerentes, além de aumentar as oportunidades de treinamento de pessoal.
Também investiu na saúde e bem-estar dos funcionários, promovendo encontros recreativos como churrasco e boliche. Outra medida foi controlar a carga horária dos funcionários, para evitar jornada excessiva.
Dessa forma, a empresa conseguiu reduzir o índice de desligamento até 10% no ano passado.
O relacionamento e a comunicação entre os funcionários efetivos e temporários melhorou de modo significativo. Sentindo-se valorizados, os arubaitos passaram a atuar com maior responsabilidade e até a sugerir idéias. Novas contratações foram possíveis com a apresentação deles.
Nos dias de hoje, as empresas devem se ocupar com a reestruturação para evitar o desligamento de funcionários. Mesmo sem dinheiro, é possível criar uma empresa onde há boa comunicação e funcionários empenhados, que pensam juntos para o crescimento mútuo.
Uma empresa que sabe aproveitar o quadro de funcionários tem chances de sobreviver, e não importa se o funcionário é estrangeiro, temporário ou efetivo.
A escassez da mão de obra já atinge as empreiteiras (haken gaisha). Se o cenário permanecer e o governo não tomar medidas para reverter a situação, os fabricantes voltarão a sair do Japão, transferindo os pontos de produção para o exterior. O círculo vicioso de esvaziamento industrial poderá tornar-se realidade.
O setor de serviços de alimetação passa por dificuldades com a falta de mão de obra, apesar do aumento do movimento provocado pela recuperação da economia. A atual situação é resultado da diminuição de populaçao trabalhadora e elevação do custo salarial do país.
O segmento não consegue contratar sequer funcionários temporários (arubaito).
A rede Sukiya, por exemplo, foi forçada a fechar temporariamente 200 dos dois mil estabelecimentos que tem no Japão. E a rede Watami, com fama de tratar mal os funcionários (é chamada Black Kigyou), também passa sufoco por não conseguir mão de obra. A empresa admite que a imagem no mercado de trabalho não é das melhores, e lamenta o aumento do custo com pessoal. Ele ocorre no salário-hora e despesa básica para contratação de um arubaito, que hoje já chega a dez mil ienes.
O setor de assistência social (kaigo) onde atuam muitos brasileiros, também se encontra em situação difícil. O representante da empresa CareRits&Partners considera que a falta de mão de obra é questão estrutural.
O trabalho é extenuante e a baixa remuneração agrava ainda mais esse quadro.
A renda mensal gira em torno de ¥200 mil, cerca de ¥80 mil mais baixo que a média de todas as atividades profissionais do Japão. Isso significa que o trabalhador dessa área em um ano ganha ¥1 milhão a menos do que a média, desestimulando os interessados.
A escassez de mão de obra estende-se a outras áreas.
A construção civil, que deveria ser a força motriz da política de recuperação econômica, enfrenta o mesmo problema. O setor está aquecido graças às medidas do governo, e analistas acreditam que a boa fase vai durar ainda por cinco a seis anos com as obras de recuperação da região de Tohoku, as Olimpíadas de Tokyo 2020 e o fortalecimento de infra-estruturas do país.
Dentro desse cenário, a realidade das licitações mudou. Há pouco tempo, uma obra, mesmo de baixo custo, era concorrida por sete ou oito empresas. Hoje, há muita oferta de obras, permitindo às empresas optarem por serviços lucrativos. Mas a falta de trabalhadores prejudica toda essa euforia.
A escassez de carpinteiros, operários em andaimes e estucadores é problema crônico. Para contornar a situação, as construtoras correm atrás de estrangeiros que costumam ser faz-tudo.
Mas há excessões. A empresa administradora de restaurantes Yusin é uma delas. Ela conseguiu reverter a situação de vários estabelecimentos que estavam em baixa. O presidente Akira Kunimatsu lembra que até três a quatro anos atrás, 75% dos funcionários da Yusin se desligavam todos os anos.
Para contornar a situação, ele passou a ter mais contato com os gerentes, além de aumentar as oportunidades de treinamento de pessoal.
Também investiu na saúde e bem-estar dos funcionários, promovendo encontros recreativos como churrasco e boliche. Outra medida foi controlar a carga horária dos funcionários, para evitar jornada excessiva.
Dessa forma, a empresa conseguiu reduzir o índice de desligamento até 10% no ano passado.
O relacionamento e a comunicação entre os funcionários efetivos e temporários melhorou de modo significativo. Sentindo-se valorizados, os arubaitos passaram a atuar com maior responsabilidade e até a sugerir idéias. Novas contratações foram possíveis com a apresentação deles.
Nos dias de hoje, as empresas devem se ocupar com a reestruturação para evitar o desligamento de funcionários. Mesmo sem dinheiro, é possível criar uma empresa onde há boa comunicação e funcionários empenhados, que pensam juntos para o crescimento mútuo.
Uma empresa que sabe aproveitar o quadro de funcionários tem chances de sobreviver, e não importa se o funcionário é estrangeiro, temporário ou efetivo.
A escassez da mão de obra já atinge as empreiteiras (haken gaisha). Se o cenário permanecer e o governo não tomar medidas para reverter a situação, os fabricantes voltarão a sair do Japão, transferindo os pontos de produção para o exterior. O círculo vicioso de esvaziamento industrial poderá tornar-se realidade.
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